quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jabutis.

Creio que quando são palavras demais apenas para descrever uma rotina vivida, não valem a pena serem citadas. Seriam desconexas e não teriam real fundamento. Não transpareceriam o que quero. Ela não lerá isto, mas escrevo para meu eu que, em breve, voltará para ler.

Não disse uma única palavra para seu corpo, para mim aquilo estava vazio. Mas minha últimas palavras dirigidas à ela, enquanto viva, foram:
"Não demora muito eu volto, aí nos veremos de novo."
Acabou que não nos reencontramos. Me pergunto se um dia você realmente voltará a me ver; mas talvez tudo que precisemos fazer é estender o prazo, para que no futuro possamos ver um ao outro novamente. Contudo, eu sei que eu, unilateralmente eu, continuarei te vendo, pois a sua presença me cerca a todo momento. Estarei com sua filha, vendo-a crescer e vendo tudo aquilo que plantaste nela se desenvolver. Crescerei profissionalmente e lembrarei-me de seu dom ao lidar com os mais jovens. Tornarei-me mais velho, continuarei vivendo, e me esforçarei para conseguir aproximar-me da fé e da confiança que nutrias pelas pessoas.

Ainda me lembro do versículo que tive de decorar em 2002. Foi a primeira coisa que realmente aprendi.
Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações se o que faz é puro e reto. Provérbios 20:11