segunda-feira, 23 de julho de 2012

Take a look to the skies.

Ao ser obrigado a um mínimo compromisso mensal com essa bagaça este domínio, acabei buscando por coisas a falar. Na minha situação de vida pessoal de agora, seria normal falar sobre temas como amor ou relacionamentos, mas sinceramente, eu não estou dando a mínima para os mesmos na minha mente. Na falta do que fazer, chutei minha liberdade e me obriguei a falar sobre um tema qualquer que fosse proposto por uma pessoa qualquer a minha escolha. não que você seja uma pessoa qualquer bruna e.e
A palavra que veio até mim então foi o céu. Mas porra poxa, falar sobre o céu é algo tão pacato e entediante. É simplesmente poetizar algo que milhares de pessoas poetizaram. É falar de algo que bilhões de pessoas já viram e costumam ver todos os dias. É falar apenas de um dos nomes que deram pra algo quase infinito, o nome mais limitado de todos eles, pois é provável que em todos aqueles que lêem isso, a imagem do céu é incrivelmente menor que a imagem do universo, mesmo sendo a mesma coisa.
Além do mais, transmitir a beleza e a grandeza dos céus apenas com palavras, minhas palavras, não é algo que está ao alcance das minhas mãos agora. Tentar demonstrar a beleza daquilo que dá a cor dos oceanos e dos mares, daquilo que fez poetas e cientistas derramarem lágrimas apenas de pensar no mesmo, daquilo que muitas vezes é considerado a origem de tudo, muitas vezes considerado um deus, daquilo que fez nascer ao menos a poesia e o pensamento no coração de muitos, é perda de tempo. Tentar demonstrar a grandeza do lugar que cobre todo o nosso mundo, que está presente não somente sobre nós, mas também por sobre toda nossa criação, é tolice de minha parte. Desde Malacandra até o País das Maravilhas, de Nárnia até o Outro Lado do Espelho, todos estão sobre o mesmo céu. Nem sempre um céu azul, a cor dele varia tanto quanto os braços de sua imaginação alcançam. O lugar que mesmo sem ser nada, é o mesmo em todos os lugares. O lugar onde nós estamos, onde nosso Sol está, junto de nossa tão amada Lua. Onde Peleandra e o Asteróide B 612 pairam lentamente, e seus habitantes acenam e nos observam calmamente. onde nossos criadores nos observam lá de Órion e preparam nossa destruição também
(Kazaana; Imagem disponivel em <http://www.zerochan.net/949983>)
Mas no fim, esse texto todo foi apenas ilustrativo pras pessoas desistirem e não lerem o poeminha para não ficar tão vazio. Na tentativa de expressar tudo isso, resolvi me redimir pela incapacidade fazendo uso da simplicidade.

Um amor pediu para falar sobre o céu
Mas como sobre o céu não consegui falar
Acabei por sentir como um réu
Então basta-me apenas o infinito contemplar

Obrigado à Michelle Goliath pela crítica ao poema e à Bruna Teixeira pelo tema totalmente randômico